Eles teriam fraudado ata de sessão que pedia afastamento de vice-prefeito.
Ação Civil Pública é assinada por quatro promotores de Justiça.
Do G1 MA
Ilegalidades no processo que determinou a saída do vice-prefeito de Paço do Lumiar,
Raimundo Nonato da Silva Filho, conhecido como Raimundo Filho, ocorrido
em 6 de dezembro de 2011, motivaram uma Ação Civil Pública por Ato de
Improbidade Administrativa ajuizada pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA), no último dia 14 de junho, requerendo o afastamento imediato de oito vereadores daquele município, a 27km de São Luís.
Estão sendo acionados o presidente da Câmara de Vereadores, Alderico
Jefferson Abreu da Silva Campos, e os demais parlamentares Francisco
Pereira Filho, José Francisco Gomes Neto, Antonio Jorge Lobato Ferreira,
Raimundo Pedro Silva, Sebastião Escolástico Almeida Filho, Wilson Pires
Amaral e Thiago Rosa da Cunha Santos, que estariam presentes à sessão
que determinou, supostamente, o afastamento do vice-prefeito, Raimundo
Filho.
A ação do MPMA é assinada por quatro promotores: Gabriela Brandão da
Costa Tavernard, Reinaldo Campos Castro Júnior, Samaroni de Sousa Maia e
Marcos Valentim Pinheiro Paixão.
No objeto em questão, além do afastamento imediato dos oito vereadores
acionados, os promotores requerem o envio de todos os documentos
referentes à sessão da Câmara de Vereadores de Paço do Lumiar que
determinou o afastamento do vice-prefeito Raimundo Filho.
Entenda o casoA primeira denúncia contra Raimundo Filho foi arquivada por “falta de provas irrefutáveis”. A segunda, protocolada na Câmara Municipal de Paço do Lumiar, deu origem ao processo de afastamento do vice-prefeito. Nela, Raimundo Filho foi acusado de prática de infração político-administrativa quando o gestor foi empossado no cargo de prefeito, em junho de 2011, por causa do afastamento da prefeita de Bia Venâncio.
Entenda o casoA primeira denúncia contra Raimundo Filho foi arquivada por “falta de provas irrefutáveis”. A segunda, protocolada na Câmara Municipal de Paço do Lumiar, deu origem ao processo de afastamento do vice-prefeito. Nela, Raimundo Filho foi acusado de prática de infração político-administrativa quando o gestor foi empossado no cargo de prefeito, em junho de 2011, por causa do afastamento da prefeita de Bia Venâncio.
Ele teria empenhado no mesmo dia em que assumiu a prefeitura, o valor
de R$ 379.549,43 em favor da empresa Construmar Construtora Maranhense e
Comércio Ltda. No dia seguinte ao empenho, o vice-prefeito assinou um
termo aditivo ao contrato no valor R$ 266.630,06.
De acordo com a denúncia, Raimundo Filho ordenou pagamentos à
Construmar nos valores de R$ 379.549,43 e R$ 51.336,89, respectivamente,
sem que tenha havido medições da empresa e comprovação pelos técnicos
do Município, o que, no objeto, é considerado fraude, uma vez que uma
recomendação do MPMA já havia determinado à Secretaria de
Infraestrutura, Urbanismo e Meio Ambiente de Paço do Lumiar a suspensão
dos serviços de pavimentação e reabilitação de vias urbanas naquele
município.
O MPMA, por meio do Inquérito Civil nº 08/12, apurou não ter sido
realizada a sessão plenária na Câmara Municipal de Paço do Lumiar no dia
06 de dezembro de 2011, na qual teria sido determinado o afastamento do
vice-prefeito.
Por sua vez, Raimundo Filho alega nunca ter sido notificado
oficialmente pela Comissão Processante da Câmara de Vereadores escolhida
para a suposta sessão. O vice-prefeito também declarou que só soube de
seu afastamento pela mídia e que foram excluídos da sessão os vereadores
da oposição à prefeita Bia Venâncio.
Contudo, os vereadores acionados pelo MPMA alegam ter notificado o
vice-prefeito sobre o afastamento no dia seguinte, 7 de dezembro.
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